A Associação Comercial e Industrial de Bagé (Aciba) enviou um ofício à Promotora Marlise Martino Oliveira, onde expressa o descontentamento com o serviço prestado pela CEEE Equatorial à comunidade de Bagé. A associação solicitou uma intervenção do Ministério Público devido aos prejuízos causados à indústria e ao comércio local pela instabilidade no fornecimento de energia elétrica, com interrupções frequentes e prolongadas, que afetam a economia da cidade.  

No documento, a Aciba destaca que a situação já foi discutida em uma reunião realizada em dezembro com representantes da Equatorial, na presença de diversos empresários. No entanto, passados vários meses, a situação só se agravou e a concessionária não tomou providências para resolver o problema, gerando um cenário de ineficiência no fornecimento de energia elétrica.  

A entidade reforça os impactos econômicos negativos causados pela falta de estabilidade no fornecimento de energia, incluindo deterioração de estoques, danos a equipamentos e comprometimento da competitividade das empresas. A Aciba alertou ainda para o efeito direto na empregabilidade, pois as empresas estão sendo forçadas a interromper suas atividades, o que agrava a situação do comércio e da indústria local.  

Pedido 

A Aciba solicitou ao Ministério Público que tome medidas urgentes, como apurar a responsabilidade da concessionária pelos problemas recorrentes, exigir ações imediatas para garantir a estabilidade do fornecimento de energia e estabelecer um plano de ação com prazos definidos para a reestruturação da infraestrutura energética. Além disso, foi pedido que a Equatorial implemente mecanismos de compensação financeira para os consumidores prejudicados.  

O ofício entregue contou com o respaldo jurídico do advogado Luiz Fernando Benchimol Padilha e foi assinado pelo presidente da Aciba, Leonardo Nocchi Macedo, acompanhado de outros membros da diretoria. Durante o encontro, foi informado que a Equatorial já está sendo investigada pelo Ministério Público, com um inquérito civil em andamento. A Aciba destacou que oferece apoio aos empresários caso seja necessário que eles se envolvam no processo como testemunhas.