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Bugio pode se tornar Patrimônio Cultural Imaterial

Partitura "Os Três Bugios", de Neneca Gomes - Arranjo Miguel Angelo Zanotelli imagem ilustrativa - fireção ilustrativa -

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (Iphae) encaminhou um parecer técnico favorável ao reconhecimento do gênero musical Bugio como Patrimônio Cultural Imaterial do Rio Grande do Sul. O documento foi enviado à Câmara Temática do Patrimônio Cultural Imaterial, que será responsável pela análise final antes do registro oficial. Esse processo faz parte da política estadual de preservação da cultura e valorização das expressões artísticas regionais.   

A iniciativa do reconhecimento partiu das prefeituras de São Francisco de Assis e São Francisco de Paula, com apoio de músicos e entusiastas do gênero. O Bugio é um ritmo tradicional gaúcho, marcado pelo uso expressivo do acordeon e pela sua característica sincopada. Sua origem não é unânime, pois existem diferentes narrativas sobre seu surgimento, mas ele é amplamente aceito como um dos estilos musicais mais representativos da cultura do Rio Grande do Sul.   

A documentação apresentada ao Iphae incluiu inventários sobre o gênero musical e leis municipais que já reconhecem o Bugio como patrimônio em algumas localidades. O parecer técnico reforça a importância de oficializar esse reconhecimento para garantir a preservação e continuidade do ritmo. Com a patrimonialização, busca-se fortalecer a identidade cultural das comunidades que mantêm essa tradição viva.   

Caso seja incluído no Livro de Registro das Formas de Expressão do Rio Grande do Sul, o Bugio se tornará um bem cultural protegido pelo Estado. Isso permitirá a criação de políticas públicas específicas para sua preservação, como festivais, oficinas e ações educativas que incentivem novas gerações a aprender e praticar o ritmo. Dessa forma, o reconhecimento não apenas legitima sua relevância histórica, mas também contribui para sua difusão.   

A decisão final ficará a cargo da Câmara Temática do Patrimônio Cultural Imaterial, e o parecer será publicado no Diário Oficial do Estado. A partir dessa publicação, haverá um prazo de 30 dias para que manifestações sobre o tema sejam protocoladas. Interessados em mais informações podem contatar o Iphae pelo e-mail oficial da instituição.

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