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Estudo

Bagé está entre regiões com maior proporção de cura da tuberculose

A Secretaria da Saúde do Rio Grande do Sul divulgou o Informe Epidemiológico da Tuberculose 2025. O levantamento aponta que a doença continua sendo um desafio para o Estado, com taxas de cura abaixo da meta da Organização Mundial da Saúde (OMS) e alta proporção de abandono do tratamento. Em 2023, apenas 52,5% dos casos novos de tuberculose pulmonar foram curados, enquanto a interrupção do tratamento chegou a 18,5%. 

Os dados mostram desigualdade regional: a 1ª Coordenadoria Regional de Saúde, que abrange Porto Alegre e cidades da Região Metropolitana, apresentou a maior incidência, com 64,5 casos por 100 mil habitantes. Já a 14ª CRS foi a única em nível compatível com a meta de eliminação da tuberculose como problema de saúde pública. Cidades como Porto Alegre, Canoas, Pelotas, Rio Grande, Santa Maria, Caxias do Sul e Passo Fundo concentram grande parte dos casos. 

A vulnerabilidade social é um dos fatores que favorecem o avanço da doença, conforme o estudo. Populações em situação de rua, privadas de liberdade, imigrantes e profissionais de saúde estão entre as mais afetadas. Também há maior incidência entre pessoas autodeclaradas pretas e pardas. O informe destaca ainda que as enchentes de 2024 agravaram as desigualdades e dificultaram o acesso ao tratamento em várias regiões. 

Outro desafio é a coinfecção com HIV: em 2024, o Rio Grande do Sul teve a segunda maior taxa do país, com 17,8%. Essa condição reduz as chances de cura e aumenta o risco de óbitos. Apesar da boa cobertura de testagem, o Estado apontam que ainda precisa ampliar a oferta de terapia antirretroviral em tempo oportuno para os pacientes diagnosticados com a dupla infecção. 

Entre as estratégias para enfrentar o problema, estão a descentralização do atendimento, o tratamento diretamente observado nas unidades de saúde, a busca ativa de contatos e a vacinação BCG, aplicada ao nascer. Em 2024, 3,2% dos casos diagnosticados foram em crianças e adolescentes de até 15 anos.  

Regional  

Segundo o Boletim Epidemiológico da Tuberculose do Rio Grande do Sul (2025), a 7ª Coordenadoria Regional de Saúde, da qual Bagé faz parte, apresentou em 2023 uma proporção de cura de 76% dos casos novos de tuberculose pulmonar confirmados laboratorialmente, índice superior à média estadual (53%). Aliás, a regional figura entre as com maior proporção de cura de novos casos: é a terceira, atrás apenas de Ijuí e Santa Cruz do Sul, com 84% e 77%, respectivamente 

Por outro lado, quando se observa a incidência de casos novos, Bagé aparece com 41,9 casos por 100 mil habitantes, um valor abaixo da média estadual (47,3/100 mil), mas que ainda indica a necessidade de atenção, já que está acima da meta de eliminação como problema de saúde pública (menos de 10 casos/100 mil). 


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