Homicídio
Família de Wesley realiza protesto e polícia prende um dos acusados

Luciano Madeira - Mãe de Wesley Brignol diz que culpados pela morte do filho têm que pagar
Na tarde dessa quarta-feira, 23, os familiares e amigos de Wesley Wilson Brignol Caldas, de 19 anos, morto na madrugada de sábado na rua Caetano Gonçalves, realizaram uma manifestação, reunindo-se no interior da Praça de Esportes. Algumas pessoas, vestidas com camisetas brancas com a foto de Wesley, estavam ainda se organizando para fazer uma caminhada até a frente do Fórum, quando a mãe da vítima, Simone Brignol, chegou à praça e informou que vinha da 2ª Delegacia de Polícia Civil, pois havia sido comunicada de que um dos acusados de matar seu filho havia sido preso em Dom Pedrito. O segundo envolvido no crime, segundo ela, não teve a prisão decretada pelo Judiciário.
Ao ser questionada sobre porque Wesley, que já estava indo embora, voltou para o local onde ocorria uma confusão, Simone disse que estava com o jovem quando gritaram que um homem estava sendo agredido. “Foi quando meu filho falou: ‘nele ninguém vai bater’ e voltou. E foi nesse momento que ele foi morto. Ele foi morto por um motivo fútil, voltou para defender um amigo e acabou morto”, relatou.
Perguntada se não teve medo de atrapalhar as investigações ao divulgar os nomes e as fotos dos acusados da morte do filho, Simone respondeu que não, pois o único medo que ela tinha era de perder o filho — e isso já havia acontecido. Ela afirmou à reportagem do Folha do Sul que não vai descansar enquanto os responsáveis pela morte do filho não forem presos e condenados.
Ato
Depois da concentração na praça, os manifestantes seguiram até a frente do Fórum, onde, com gritos de “justiça” e pedidos para que fosse decretada a prisão do segundo envolvido na morte de Wesley. Simone, ajoelhada e bastante emocionada, disse que sua vida estava dilacerada com a perda do filho. Antes de irem embora, familiares e amigos fizeram uma prece em memória de Wesley.
Prisão
A Polícia Civil prendeu, na tarde dessa quarta, um homem acusado pelo homicídio. A prisão preventiva foi cumprida após investigações conduzidas pelas equipes da 2ª Delegacia de Polícia de Bagé, da Delegacia de Polícia de Dom Pedrito e do SIPAC/9ª DPRI, sob coordenação do delegado Luís Alexandre Borba.
Segundo a polícia, a prisão foi decretada após a conclusão de diligências que apontaram a participação do suspeito no crime. O mandado foi expedido pela Justiça a pedido da autoridade policial.
Após os trâmites legais, o acusado foi encaminhado ao sistema prisional, onde permanecerá à disposição da Justiça. As investigações continuam com o objetivo de esclarecer completamente os fatos e identificar todos os envolvidos no homicídio, assim como suas respectivas participações.
Defesa
A defesa técnica do acusado emitiu uma nota à imprensa, assinada pelo advogado Richard Noguera. O texto esclareceu, logo de início, que o investigado jamais esteve foragido. E o advogado informou que assim que foi contratado buscou a Polícia Civil para apresentação do cliente. Consta, contudo, que o comparecimento foi postergado a pedido dos próprios investigadores, que ainda estavam concluindo diligências relativas à análise das câmeras de segurança próximas ao local dos fatos.
Conforme a nota, mesmo após a decretação da prisão preventiva, o acusado se apresentou de forma espontânea e voluntária perante a autoridade policial, com convicção de que as investigações irão apurar a verdade dos acontecimentos.
A defesa também esclareceu que está, neste momento, impedida de fornecer maiores detalhes, uma vez que a 1ª Vara Criminal de Bagé ainda não se manifestou sobre o pedido de acesso aos autos do processo em curso.
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