Nessa terça-feira (23), profissionais da Educação de todo o país participaram de uma paralisação nacional convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). A mobilização, conforme divulgou o Cpers Sindicato, tem como objetivo denunciar os sucessivos ataques à educação pública brasileira e reivindicar valorização urgente para quem faz a escola acontecer. 

No Rio Grande do Sul, a mobilização foi coordenada pelo Cpers Sindicato, que organizou atos nos 42 núcleos regionais. Em Bagé, a diretora do 17º Núcleo, Ana Lúcia Cabral, explicou que o dia coincidiu com uma parada pedagógica, voltada a planejamento e reuniões internas. 

“Diferente de outras vezes, não temos como contar aulas canceladas, visto não ter alunos nas escolas. Mas sabemos que houve ato nos 42 núcleos do Cpers e esperamos que os trabalhadores em educação tenham feito conversas e reflexões sobre a situação da Educação no Estado”, afirmou. 

Entre as principais pautas da paralisação estão a revisão geral dos salários em 12,14%, a ampliação da educação pública com menos burocratização, a rejeição à privatização e à militarização das escolas, além da valorização profissional com melhores condições de trabalho e formação continuada. 

A mobilização também integra a programação da 26ª Semana da Educação da CNTE, que convida educadoras e educadores de todo o Brasil a se unirem em uma jornada de lutas pela valorização dos profissionais da Educação. Sob o lema “Escola pública não é negócio, é direito!”, o movimento denuncia a desvalorização da carreira docente, a precarização dos contratos e o desrespeito ao piso salarial da categoria. 

“Permanecemos de pé, unidos, acreditando no poder transformador da educação”, conclui o manifesto divulgado pela entidade. Em Bagé, a mobilização do 17º Núcleo ocorreu no coração da cidade, na praça Silveira Martins, a do Coreto, onde a população foi convidada a entender a mobilização.