Gaúcho
Bugio é reconhecido como patrimônio cultural imaterial

Solange Brum - Este é o quinto bem cultural registrado pelo Estado
O gênero musical bugio foi oficialmente registrado como patrimônio cultural imaterial do Rio Grande do Sul em cerimônia realizada nesta semana, no Teatro Oficina Olga Reverbel, no Multipalco Eva Sopher. O ato contou com a presença do secretário da Cultura, Eduardo Loureiro, do diretor do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (Iphae), Renato Savoldi, e dos prefeitos de São Francisco de Assis e São Francisco de Paula, cidades que iniciaram o processo de reconhecimento.
O pedido passou por todas as etapas previstas na legislação estadual, incluindo inventário, pesquisas de campo e parecer técnico do Iphae, avaliado pela Câmara Temática do Patrimônio Cultural Imaterial. A solenidade foi marcada por apresentações musicais e de dança das duas cidades, com repertório que incluiu composições clássicas do gênero, como Nasceu o bugio e O bugio é gaúcho.
Segundo Loureiro, além da proteção cultural, o reconhecimento fortalece a economia criativa e reforça a identidade gaúcha. O diretor do Iphae ressaltou que a inclusão do bugio no registro permitirá medidas de salvaguarda, como festivais, oficinas e ações educativas para garantir sua preservação e transmissão às futuras gerações.
O bugio é caracterizado pelo toque “sincopado” no acordeão, ritmo binário simples inspirado no som do macaco bugio, nativo do Estado. Originalmente executado na gaita de botão, o gênero incorporou instrumentos como bateria, violão e contrabaixo, mantendo-se como referência identitária para diversas comunidades gaúchas.
Este é o quinto bem cultural registrado pelo Estado, juntando-se à cuca artesanal, ao queijo serrano, ao artesanato com palha de butiá e ao sistema cultural e socioambiental da erva-mate. A bibliografia e os detalhes do processo podem ser consultados no site do Iphae, que contou com apoio do Instituto Estadual de Música para a elaboração do registro.
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