Anuário
RS tem a quinta menor taxa de feminicídio do país

Luciano Madeira - Registros de violência doméstica são vários durante o dia
Embora ainda enfrente casos diários de feminicídio e violência doméstica, o Rio Grande do Sul registrou avanços no combate a esses crimes. De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o Estado figura entre os cinco com menor taxa de feminicídio no país. Em 2024, foram 1,2 mortes para cada 100 mil mulheres — redução de 15,4% em relação a 2023.
O resultado é atribuído a uma série de medidas adotadas pelo governo estadual, por meio da Secretaria da Segurança Pública. Entre as ações implementadas estão a disponibilização da medida protetiva online, a instalação de totens de autoatendimento nas Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (Deams), o monitoramento eletrônico de agressores e a parceria com a Secretaria da Saúde para compartilhamento de informações.
Além da queda nas taxas de feminicídio, o Estado registrou aumento no número de mulheres que buscaram proteção. Os pedidos de medidas protetivas de urgência cresceram 3,8% entre 2023 e 2024, passando de 60.065 para 62.381. O Rio Grande do Sul foi o segundo Estado com maior número de medidas protetivas deferidas pelo Judiciário em 2024: foram 51.312 concessões, ficando atrás apenas de São Paulo (97.326).
Proporcionalmente, o Rio Grande do Sul lidera em número de medidas protetivas de urgência deferidas no país. Em Bagé, a maioria dos registros de violência doméstica é feita na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA).
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