Na tarde de sábado, o tempo, que marcava chuva, não foi empecilho para que o torcedor alvirrubro fosse até o estádio Antônio Magalhães Rossell assistir à partida entre Guarany x São Luiz. O jogo era o último da fase de classificação.
Mas o que se viu foi um Guarany, mais uma vez, com mudanças no time principal, onde o treinador Márcio Nunes mandou a campo um time mais ofensivo. Logo nos primeiros momentos da partida, o Guarany teve a primeira chance de gol, com Yan Phillipe chutando para fora. Após uma bela jogada de Marcelinho, ele passou para Rogério Sena, que chutou para o gol. O torcedor comemorou, mas o árbitro Jean Pierre Lima anulou o gol, marcando impedimento.
Já o São Luiz jogava por uma vitória, mas, com os resultados paralelos de Brasil, que jogava contra o Avenida, e Pelotas, que enfrentava o Juventude, o empate aqui em Bagé mantinha o São Luiz na Copa Farroupilha. A partida, em determinados momentos do primeiro tempo, foi muito ruim, com os dois times com medo de se arriscar.
O que se viu depois dos 20 minutos do primeiro tempo foi um Guarany diferente. Alguns jogadores pareciam estar cansados e com a perna pesada, sem falar dos inúmeros passes errados. A partida no primeiro tempo terminou em 0 x 0.
Na volta para o segundo tempo, o comandante alvirrubro tirou Lucas Souza e colocou Luiz Felipe, deixando o time mais ofensivo. No entanto, aos 21 minutos, o jogador do São Luiz, Adailson, recebeu a bola dentro da área, sem marcação, e marcou o gol para o time visitante. Depois do gol, a partida ficou paralisada por cinco minutos porque o árbitro Érico Andrade estava checando as condições do lance. Após traçarem as linhas, o gol foi validado, e o São Luiz saiu na frente.
Atrás no marcador, o que se viu depois foi o São Luiz fazendo cera, matando o jogo em cada lance, e o Guarany indo para o ataque em busca do gol de empate. Márcio Nunes ainda colocou Janderson no lugar de Rogério Sena, Allan Cristhian no lugar de David, Germano no lugar de Murilo e Marlon no lugar de Marcelinho.
O resultado da partida poderia ter sido diferente, porque, após cruzamento pelo lado esquerdo feito por Marlon, a bola cruzou toda a área, e o atacante Yan Phillipe, livre de marcação, chutou para fora. No final da partida, os jogadores do Guarany pediram um pênalti em cima de Germano, que foi derrubado na área. Jean Pierre foi chamado para olhar o lance no VAR, mas entendeu que foi um lance normal e não marcou a penalidade para o alvirrubro. Quando a partida terminou, enquanto os jogadores saíam de campo, foram vaiados pelo torcedor.
No final da partida, o jogador Marcelinho disse que entendia a frustração do torcedor, mas o principal objetivo tinha sido alcançado: a permanência do time na elite do ano que vem. Ele destacou que agora a Taça Farroupilha é um torneio diferente e que o clube vai em busca da classificação.
Taça Farroupilha
Nesta quinta-feira começa a disputa da Taça Farroupilha, onde o campeão garante uma vaga na Copa do Brasil. Os confrontos serão às 19h, no Estádio do Vale, em Novo Hamburgo, entre Monsoon x Ypiranga, e às 21h30, no Estádio 19 de Outubro, em Ijuí, entre São Luiz x Guarany.
Quadrangular da Morte
Já o quadrangular para conhecer os dois clubes que serão rebaixados, onde os clubes jogam todos contra todos em turno e returno, começa amanhã, com São José x Pelotas e Avenida x Brasil.
Permanência
Após o fim da partida, a assessoria de imprensa do Guarany publicou nas redes sociais do clube que o primeiro objetivo do ano foi conquistado: o Guarany está matematicamente classificado para o Gauchão – Série A 2026.
Pelo terceiro ano consecutivo, o 3° maior campeão gaúcho representará a cidade de Bagé na elite do futebol estadual. É a força do único bicampeão gaúcho.
Tabu
Garantido no Gauchão 2026, a cidade de Bagé viu um tabu que perdurava 43 anos ser quebrado: desde as temporadas entre 1970 e 1982, quando o Guarany se manteve por 13 temporadas na elite, um time bageense não ficava três anos consecutivos na Primeira Divisão do principal campeonato do estado.
Neste período, a Rainha da Fronteira viu o Grêmio Esportivo Bagé jogar por duas vezes, mas em anos separados: 1986 e 1994.
Após isso, o Guarany voltou ao Gauchão no biênio 2007 e 2008 e, depois de um hiato, em 2022.
Isso mostra o trabalho sólido que a diretoria vem realizando nos últimos anos, com quatro presenças na divisão principal em cinco anos.
A sequência histórica colabora na consolidação do Guarany como um dos principais times do Estado, conquista novos torcedores, principalmente crianças, melhora a estrutura e ainda coloca o clube na vitrine nacional, algo jamais realizado nos 117 anos de fundação.