Na manhã de ontem, foi protocolada uma moção de desagravo e apoio às vítimas da covid-19 em Bagé, encaminhada à presidência da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), no Senado Federal, que busca investigar a condução da pandemia por parte do governo federal e a falta de oxigênio em Manaus.
A proposta é do vereador Flavius Dajúlia, do PT, e é assinada por vereadores de oposição e situação. O objetivo, segundo Dajúlia, é registrar nos autos da comissão do Senado a situação crítica de Bagé, que, segundo ele, se agrava a cada dia. “Espera-se que os culpados pelas mortes evitáveis sejam identificados e punidos, para que as vítimas e seus familiares tenham a devida justiça”, falou.
Tropa de choque
A CPI da Covid, que tem como relator o senador Renan Calheiros (MDB-AL), já ouviu os ex-ministros da Saúde do governo de Jair Bolsonaro, Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich. Ontem, foi a vez do atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.
De acordo com informações do Congresso em Foco, os primeiros depoimentos tomados pela CPI da Covid, dos ex-ministros da Saúde, já deram ao governo uma amostra do que enfrentará na comissão, fazendo com que a “tropa de choque” no colegiado fosse reforçada. Nessa quarta-feira, no início da tarde, enquanto a CPI ainda ouvia Teich, foi apresentado ofício substituindo um dos suplentes do colegiado. O senador?Zequinha Marinho?(PSC-PA) foi substituído pelo líder do governo na Casa,?Fernando Bezerra?(MDB-PE).
O governo está em minoria no colegiado e não tem conseguido frear, por exemplo, a aprovação de convocações de testemunhas que possam implicá-lo. Outras pessoas serão ouvidas pelas CPI, todos na condição de testemunhas.
