De setembro de 2024 a janeiro de 2025, a primeira etapa da Mobilização Nacional de Identificação de Pessoas Desaparecidas possibilitou a solução de 35 casos no Brasil. A iniciativa do Ministério da Justiça e Segurança Pública utilizou a coleta de DNA de familiares para ampliar a base de dados genéticos e facilitar a identificação de cidadãos sem paradeiro conhecido. No Rio Grande do Sul, três desaparecimentos foram esclarecidos.
A compatibilidade genética permitiu identificar pessoas sem identidade conhecida. No total, foram dois casos solucionados na Bahia, quatro no Ceará, três no Espírito Santo, quatro em Goiás, cinco em Pernambuco, três no Piauí, um no Paraná, três no Rio Grande do Sul, quatro em São Paulo e outros seis registros encontrados no Banco Nacional de Perfis Genéticos.
Na quarta-feira (26), foi lançada a segunda etapa da mobilização, com o objetivo de capacitar profissionais de saúde e assistência social na identificação de pessoas acolhidas em hospitais e instituições de longa permanência. Para isso, foi desenvolvida uma cartilha com diretrizes para agentes do Sistema Único de Saúde (SUS) e do Sistema Único de Assistência Social (Suas), em parceria com os ministérios da Saúde e do Desenvolvimento e Assistência Social.
O secretário Nacional de Segurança Pública, Mario Sarrubbo, destacou a importância da iniciativa para garantir dignidade às famílias. “Uma pessoa desaparecida perde o vínculo familiar e, com ele, o direito a uma vida digna. Precisamos nos colocar no lugar dessas pessoas e de suas famílias. A busca de desaparecidos é, acima de tudo, a busca da dignidade humana”, afirmou.
A mobilização nacional segue estruturada em quatro eixos: aprimoramento da produção de dados, criação do Banco Nacional de Pessoas Desaparecidas (previsto para o primeiro semestre de 2025), fortalecimento das Polícias Civis e da perícia com novos investimentos e desenvolvimento de uma rede intergovernamental para aprimorar a colaboração entre diferentes órgãos. A diretora do Sistema Único de Segurança Pública, Isabel Figueiredo, ressaltou que a padronização do fluxo de identificação pode gerar ainda mais resultados no futuro.