Réu é condenado a 12 anos e quatro meses em regime fechado

​Na tarde dessa quinta-feira, 6, aconteceu a primeira reunião do tribunal do júri, quando foi julgado Fabrício Ilha de Oliveira, de 29 anos, que era acusado de tentativa de homicídio contra Dion Pablo Lopes Freitas, de 32 anos. O crime ocorreu na rua Líbio Vinhas no dia 28 de janeiro de 2018, quando a vítima foi baleada e ficou tetraplégica.  

Depoimento   

Por estar tetraplégica, a vítima foi ouvida por videoconferência e disse que, naquela noite, estava com uns amigos em uma festa no estádio Pedra Moura, conversando com duas moças. Foi quando o réu chegou alterado e teve uma discussão com ele. Segundo a vítima, ele seguiu na festa, mas, como mora perto do estádio do Bagé, resolveu ir para casa pegar dinheiro. A ideia era ir para uma festa de formatura. Quando atravessou a rua, viu Fabrício escondido atrás de um ônibus. Ele teria ido em sua direção e efetuado um tiro. O projétil acertou o pescoço da vítima e afetou a coluna.  

Durante o depoimento, a vítima disse que não conhecia o réu e que não sabe por que foi atingida pelo tiro.  

Calado  

Ao ser questionado pela juíza Naira Melkis Pereira Caminha se ele queria falar ou ficar calado, o réu disse que iria ficar calado. Em seguida, começou a manifestação do promotor Diogo Távora e, na sequência, foi a vez do defensor público Marcus Vinícius Becker.  

Júri anulado   

Esse júri já havia ocorrido em 2023, quando o réu, Fabrício Ilha de Oliveira, foi condenado. Porém, a defesa do réu entrou com recurso no Tribunal de Justiça, alegando que, no júri, o Ministério Público havia desrespeitado o direito constitucional do réu de permanecer calado. Diante disso, aquele julgamento foi anulado e o processo foi retomado na tarde de ontem.  

Sem luz 

O julgamento estava acontecendo quando faltou luz, mas o julgamento prosseguiu às escuras.