Por cerca de quatro horas, o prefeito Divaldo Lara fez uma prestação de contas da gestão, ontem, no plenário da Câmara de Vereadores. A cada item listado, o chefe do Executivo mencionou os governos do PT no município – fazendo comparação. Estava presente, o vice-prefeito, Mário Mena Kalil.
Ante do prefeito começar, a explanação, os vereadores da oposição deixaram o plenário. O comportamento foi classificado por Divaldo como uma atitude covarde. Enquanto o chefe do Executivo ainda falava na tribuna, o PT enviou nota para os veículos de comunicação justificando o porque saiu do plenário.
Divaldo começou falando que o seu governo é o que mais pagou dívidas de toda a história do município de Bagé. Ele disse que, as dívidas são com precatórios, com o Bando Mundial que foi contraída em dólares, com o Fundo de Pensão e Aposentadoria do Servidor (Funpas) e com a Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE). O prefeito disse que, apenas a da CEEE não é dívida do PT. O gestor mencionou que foram pagos R$ 91 milhões em dívidas antigas.
Comentou que, a atual administração já pagou em Previdência R$ 252 milhões, em menos da metade do tempo de governos anteriores.
Depois seguiu discorrendo sobre todas as áreas. Entre elas apontou o projeto aprovado pelo Legislativo, que muda a forma de cobrança do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial (IPTU). O prefeito argumentou que se esse projeto não tivesse sido aprovado, o aumento do IPTU em Bagé seria mais de 20%.
Obra referência
A obra da Radioterapia que, o prefeito denomina como hospital do câncer está com a construção em fase final. O gestor credita ao presidente Jair Bolsonaro (PL) a concretização dessa obra e ao ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. Divaldo disse que, Bolsonaro deverá vir a Bagé para a inauguração da obra, em abril. “Essa obra vai transformar Bagé em referência no Estado”, pontuou.
Na lista de avanços na Saúde elencou as melhorias do novo prédio do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e a queda na mortalidade infantil, que segundo ele é o menor da história de Bagé.
Setor da Santa Casa
Quando falava sobre os números relativos à mortalidade infantil, o prefeito foi contundente ao afirmar que a direção da Santa Casa de Caridade precisa mexer com urgência no setor materno infantil. No entanto, elogiou a gestão do provedor do hospital, o médico Carlos Eduardo dos Santos. ” O bloco onde estão as gestantes é desumano”, falou. E acrescentou que esse setor é gerido por uma petista, mas não disse o nome.
A reportagem do Folha do Sul entrou em contato com a assessoria de comunicação do hospital. A resposta foi que a direção irá se manifestar no momento devido sobre o assunto.
Escolas, LED e barragem
Uma atenção especial foi para as escolas cívico-militares. Bagé conseguiu habilitar a terceira que irá funcionar no Geteco. E criticou o ex-presidente, Luiz Inácio Lula da Silva que quer fechar essas escolas.
Também detalhou o que foi feito pela retomada da obra da barragem da Arvorezinha. Sobre todo esse processo, entregou cópias das documentações para os vereadores.
Sobre a colocação de lâmpadas LED, o prefeito informou que toda a cidade terá esse novo sistema de iluminação. ” Bagé terá 100% LED não essas amarelas que o PT deixou”, alfinetou.
Projetos
Entre as melhorias destacadas para 2022, o prefeito falou sobre o investimento de R$ 6 milhões em novas máquinas (quatro motoniveladoras, dois rolos compressores e uma retroescavadeira). “É a maior compra de máquinas da história do município”, afirmou.
Justificativa da oposição
Sobre a saída do plenário, a bancada do PT, por meio de nota justificou que, saiu do local apenas durante a presença do prefeito , e não durante o rito dos trâmites legais da Casa.
Segundo o comunicado, a saída foi como ato de protesto. E elenca uma serie de criticas ao prefeito e a seu governo. ” Estamos certos de que esvaziar o plenário durante a fala de Divaldo não foi um ato de desrespeito e sim de muito respeito, respeito com quem acredita em uma política ficha-limpa e com quem nos concedeu o voto. Nós trabalhamos para a população, e não para o prefeito”.