O Rio Grande do Sul registra um aumento no número de casos de dengue, sobretudo na região Norte do Estado. A situação acende um alerta: afinal, Bagé é considerada uma cidade infestada pelo mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti. De acordo com informações do Piratini, no ano passado foram 3 323 infectados no Rio Grande do Sul – é o maior número de casos contraídos dentro do Estado nos últimos 10 anos. A proliferação se deve, sobretudo, a condições climáticas favoráveis: o fenômeno La niña, com períodos de chuvas seguidos de dias de sol, condições ideais para o mosquito.
De janeiro a março deste ano, já foram contabilizados 475 casos de dengue no Estado. No mesmo período do ano passado, foram 246 casos. Questionado sobre se essa situação preocupa a equipe da Secretaria da Saúde e Atenção à Pessoa com Deficiência, o titular da pasta, Geraldo Gomes, admite que, na verdade, isso é uma constante, levando em consideração que há muito mosquito na Rainha da Fronteira. Mas é preciso lembrar que não há registros da doença.
De qualquer forma, a vigilância é a orientação. Gomes sustenta que, neste momento, em que muitos estão mais tempo em casa, o cuidado com locais propícios para a proliferação do mosquito deve ser uma constante. A dica é eliminar possíveis criatórios (locais onde a água permanece limpa e parada).
O secretário comenta que as visitações às residências, pelos agentes de endemias, estão suspensas devido à prevalência da bandeira preta no modelo de Distanciamento Controlado. Assim, são os moradores que devem estar atentos aos seus pátios. Também é possível denunciar possíveis criatórios à Vigilância em Saúde. Pontos estratégicos são visitados a cada 15 dias. Gomes informa que um trabalho de pulverização, para eliminação dos mosquitos, tem sido feito nesses locais.
A dica, em relação aos pátios, é que a população atente para possíveis criatórios, principalmente após ocorrência de chuvas. Bagé é uma cidade infestada pelos mosquitos. Pedimos que tirem (as pessoas) uns 10 minutinhos para olhar, sobretudo depois das chuvas”, pondera, ao enfatizar que isso pode ser determinante neste momento.