A situação do transporte escolar na zona rural da cidade segue rendendo capítulos. Pais de alunos reclamam que os filhos estão perdendo aulas por não conseguirem ir até a escola. Nessa semana, vereadores foram até a comunidade de Palmas para ouvir as reclamações. Na próxima semana deve acontecer uma sessão no Legislativo para ouvir o secretário de Educação.
Os vereadores Cleber Zuliani, do Progressistas, e Lélio Lopes (Lelinho), do PT, pediram a retomada urgente do transporte escolar na região das Palmas. Os edis visitaram a localidade para ouvir as demandas da população.
A localidade vem sendo afetada com a falta de transporte escolar. A estimativa é que, somadas as faltas, chegam a 28 dias sem aulas. Conforme os relatos, há por problemas nas cinco linhas de transporte que atendem os alunos que residem nas Palmas.
A reportagem do jornal Folha do Sul conversou com as mães de alguns alunos da região. Elas relataram que os alunos da escola Simões Pires, que é municipal, estão sem transporte regular há mais de 30 dias. Há também a situação dos alunos que estudam em escolas estaduais em Bagé, mas que também utilizam esse mesmo transporte. Neste caso, o transporte não é realizado desde o dia 6 de junho.
De lá para cá, os alunos estão perdendo aulas, já que as atividades presenciais foram retomadas neste ano letivo. Em um vídeo publicado nas redes sociais, pais de alunos questionaram a ausência de transporte e, sobretudo, a recuperação das aulas perdidas.
Os parlamentares anunciaram que estão propondo levar o debate ao Legislativo. Para isso, eles pedem que a sessão ordinária de segunda-feira (27), seja transformada em sessão especial, para receber representantes da comunidade escolar, além de convidar o secretário da Educação, Omar Soares.
Respostas
A reportagem do jornal Folha do Sul procurou a Secretaria de Educação e Formação Profissional (SMED) para obter esclarecimentos sobre a situação. Por meio de nota, a pasta informou que a localidade de Palmas recebeu dois veículos novos para conduzir os alunos até a escola. “A dificuldade de transporte não acontece em toda a área e sim nas localidades que apresentam estreitamento, que são os corredores em que os veículos não têm acesso”, informou o texto.
Ainda segundo a nota, para estas vias, o veículo adequado são as Kombis, que necessitam de constante manutenção, “pois apresentam desgastes em razão do tempo de utilidade e precisam ser retiradas seguidamente da escala do transporte por não suportarem as condições adversas das estradas em razão das chuvas e do próprio retrato de relevo da localidade”.
Quanto a recuperação da aprendizagem dos alunos, será assegurado todo o material e acompanhamento necessário para que não sejam prejudicados, segundo a SMED.
A reportagem também procurou a 13ª. Coordenadoria Regional de Educação (CRE) para saber como fica a situação dos alunos sem transporte que estudam em escolas estaduais. A CRE informou que os alunos que estão com problema no transporte recebem material das escolas e suas faltas serão justificadas para não prejudicar a frequência.