A Diocese de Bagé sediou, pela primeira vez, no início de dezembro, o Encontro Fraterno do Episcopado do Regional Sul 3 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O evento ocorreu no Instituto Diocesano de Pastoral São José e reuniu, ao longo de três dias, o arcebispo e os bispos do Rio Grande do Sul em momentos de convivência, espiritualidade e diálogo pastoral.
Durante a programação, Dom Leomar Antônio Brustolim, o cardeal Dom Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre e presidente da CNBB, e o bispo diocesano de Bagé, Dom Cleonir Dalbosco, falaram ao jornal Folha do Sul sobre o significado do Natal e do tempo do Advento. Segundo os religiosos, o Natal recorda que Deus inaugura um modo próprio de se relacionar com o mundo, assumindo a fragilidade humana. “Deus se faz um de nós, carne conosco, e isso nos convida a rever nossas relações: com o Menino Jesus, conosco mesmos, com os outros e também com a casa comum”, destacaram.
Os bispos ressaltaram ainda que o Advento foi e é um tempo de preparação interior. “É um tempo para limpar o olhar e perceber a importância da dignidade humana. O Advento foi e continua sendo a feliz espera de Nosso Senhor Jesus Cristo”, afirmaram. Para eles, esse período também convida ao silêncio, necessário para escutar uma voz que não é a nossa, mas a voz de Deus, que vem ao encontro da humanidade na simplicidade de uma criança.
Neste ano, o tempo do Advento ganhou um significado especial por estar inserido no Jubileu de 2025, o Jubileu da Esperança. Conforme Dom Cleonir Dalbosco, a Diocese de Bagé viveu vários momentos marcantes ao longo do ano, incluindo um encontro especial realizado no dia 13 de dezembro, no Ginásio do Espírito Santo, com grande envolvimento de crianças e famílias. “Foram momentos fortes de vivência do Advento, preparando o Natal dentro de cada família”, ressaltou.
Ao final, os bispos lembraram que a escuta transforma as pessoas e reflete no cotidiano. “Escutando, eu me torno melhor; fazendo as coisas de cada dia de um jeito melhor, também me torno melhor”, afirmaram, citando o educador Paulo Freire, para quem são as pessoas que mudam o mundo. A mensagem final foi de esperança: que o Natal seja um tempo de paz e de comunicação das coisas boas que ainda existem no mundo.
