Enquanto cresce o número de barracas do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em uma área distante cerca de 400 quilômetros do trevo de acesso a Hulha Negra, os ruralistas também estão mobilizados próximo ao local.
O MST cobra da União e dos governos estaduais o assentamento de famílias. O objetivo é pressionar os governos para desapropriação de terras consideradas improdutivas, tendo em vista a reforma agrária. Na região, mais especificamente em Hulha Negra, a reivindicação é de que 500 famílias sejam assentadas.
De acordo com informações do site oficial do movimento, nas últimas semanas, o MST realizou uma jornada de lutas pela reforma agrária e pela garantia de direitos para os trabalhadores do campo. A direção do movimento se reuniu com representantes do governo federal para apresentar suas demandas.
Na região da Campanha, fazia anos que não ocorria uma mobilização do movimento.
O vice-prefeito de Hulha Negra, Igor do Canto, informou que, nessa sexta-feira, havia em torno de 70 famílias no acampamento e que, neste final de semana, deve aumentar esse número. No final da tarde dessa sexta, iria ocorrer outra assembleia dos ruralistas, no trevo de acesso a Hulha Negra.
De acordo com o integrante da comissão fundiária da Associação e Sindicato Rural de Bagé, Antenor Teixeira, a mobilização dos produtores irá ocorrer até que haja uma definição. Uma reunião deve ocorrer com os sindicatos da região, que deverão se revezar nesse acampamento e poderá, em âmbito de Estado, ser acionada a federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul).
Inclusive, quem está coordenando a mobilização dos ruralistas é o presidente da Assuntos Fundiários e Segurança Rural da Farsul, Paulo Ricardo Dias, que já foi presidente da Associação e Sindicato Rural de Bagé.