Moradora pede ajuda diante de cão que late durante a madrugada

Uma moradora da região próxima a uma madeireira, na José do Patrocínio, relatou transtornos causados por um cão comunitário que, segundo ela, permanece nas proximidades de um depósito e late incessantemente durante a madrugada. De acordo com o relato, o animal, de grande porte, tem sido alimentado por moradores e se tornou presença constante no local.  

“Há mais de 10 dias, liguei para um dos números anunciados (de serviço de bem-estar animal). Ficaram de tomar providências”, destacou a moradora, Marlene Alves dos Reis, que mencionou ter explicado toda a situação para quem a atendeu. Ela detalhou que, na madrugada do dia 17 de abril, o cão latiu ininterruptamente das 1h20min até as 4h30min, o que comprometeu o descanso dos moradores da região. “O sono é uma necessidade básica e um direito de todos”, pontuou.  

Marlene afirmou ter tentado novo contato com o órgão responsável há algumas semanas, mas disse que foi deixada esperando ao telefone por sete minutos, durante os quais ouviu risos e conversas, até que desistiu da ligação.  

Ainda segundo a moradora, ao questionar uma pessoa alimenta o animal, recebeu como resposta que o cachorro “vive ali para cuidar a rua”. Ela, porém, questionou: “Não sabia que a rua precisa de cuidado. E meu direito de dormir, onde fica?”.   

Não realiza recolhimento 

A Prefeitura esclareceu à reportagem que não realiza o recolhimento de animais saudáveis em via pública, a fim de evitar a cultura do descarte e o aumento do número de animais abandonados. “Dessa forma, a responsabilidade sobre esses animais é compartilhada entre o Poder Público e a comunidade”, elucidou. 

“Em casos em que o animal apresente sinais de maus-tratos ou ferimentos, a Coordenadoria do Bem-Estar Animal deve ser acionada para atendimento e providências cabíveis”, acrescentou.  

“Ressaltamos ainda que a legislação sobre perturbação do sossego se aplica a animais com proprietário identificado, não sendo possível sua aplicação a animais em situação de rua”, esclareceu sobre o caso específico relatado por Marlene. “Nestes casos, reforça-se a importância da colaboração da sociedade no cuidado e na busca de soluções responsáveis”, finalizou.