Desde o início do mês estão sendo desenvolvidas ações referentes ao Agosto Lilás. Este é o mês de conscientização e enfrentamento a violência contra a mulher. No Rio Grande do Sul, de acordo com a Polícia Civil, os crimes de feminicídio tiveram uma alta de 10,4% em 2022. Neste ano, os indicadores monitorados pelo Governo do Estado mostraram que, nos primeiros meses do ano, foram notificados mais casos de feminicídios, ameaça, estupro e lesão corporal do que no mesmo período de 2022.
A reportagem conversou com a delegada Carolina Funchal Terres, que é a titular da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher, que afirmou que, em Bagé, as ações da Deam em relação ao Agosto Lilás são constantes – as verificações de denúncias são diárias. Questionada sobre quais os crimes mais frequentes na delegacia, Carolina afirmou que crimes de lesão corporal, importunação sexual, ameaça e violência psicológica são a maioria.
Sobre se a solicitação de medidas protetivas vem crescendo, a delegada explicou que essas informações de estatísticas, medidas protetivas e quantas ocorrências são feitas só quem fornece é a Divisão de Planejamento e Coordenação (Diplanco). Ao ser indagada se as mulheres perderam o medo de denunciar as violências que sofrem, a delegada respondeu que elas ainda não perderam totalmente o medo. “Mas têm perdido porque têm visto a resposta da polícia, tem visto que a medida protetiva funciona e que o acusado vai preso. Por esse motivo, as mulheres têm vindo até a delegacia e o movimento aumenta com as campanhas de políticas públicas”, garantiu.