O prefeito Divaldo Lara e a secretária municipal de Educação e Formação Profissional, Adriana Lara, participaram nesta quarta-feira, da primeira cerimônia de certificação das escolas Cívico-Militares do Brasil, em Brasília. A Escola Cívico Militar São Pedro foi homenageada no evento, que contou com a presença do presidente Jair Bolsonaro.
A certificação das escolas foi o método escolhido pelo Ministério da Educação para analisar caso a caso as unidades que aderiram ao Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim) e acompanhar a evolução do ensino ofertado. As escolas foram submetidas a uma análise realizada pelo Instituto Internacional de Inteligência em Gestão e Sustentabilidade e pela Universidade de Brasília, de acordo com metodologia estabelecida pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia. O processo envolveu entrevistas, resposta a questionários e análise de dados oficiais.
A reportagem conversou com Adriana sobre o reconhecimento a instituição de ensino de Bagé. Ela contou que escola atingiu os índices estabelecidos. “Nossa Escola Cívico-Militar São Pedro recebeu essa certificação por ter alcançados as metas de educação. Isso é extraordinário, escola pública de qualidade é possível, estou extremamente feliz pelo resultado, vibrou a secretária.
Segundo ela, a instituição conta com 350 alunos nesse novo modelo de ensino. No ano que vem serão ampliadas as vagas.
Além dessa, a Rainha da Fronteira, tem a Escola Cívico-Militar, João Severiano, no bairro Castro Alves.
Divaldo lembrou que Bagé, foi a primeira cidade do Brasil a implementar esse novo modelo de ensino. ” Parabéns a todos pela implementação do novo modelo, que resgata valores, em algum momento esquecidos, como o de amor à Pátria”, pontuou.
De Bagé, também participaram da cerimônia, os secretários municipais de Gestão , Planejamento e Captação de Recursos, Ronaldo Hoesel e de Segurança e Mobilidade Urbana, Rodrigo Filho – além de gestoras das escolas cívicos-militares do município.
Durante a cerimônia de certificação, o presidente defendeu esse modelo de gestão educacional. “O que nós queremos com as escolas cívico-militares? Mostrar para todos os pais que onde há hierarquia, disciplina, respeito, amor à pátria, dedicação, a garotada tem como aprender e ser alguém lá na frente”, afirmou.
O governo federal informou que vai implantar 216 escolas cívico-militares em todo o país até o fim do ano que vem. O anúncio antecipa em um ano a meta do Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim). Quando foi lançado, em 2019, o programa previa 200 escolas neste modelo até 2023. Atualmente, de acordo com o Ministério da Educação (MEC), há 127 escolas adotando esse modelo em 26 estados. Elas atendem cerca de 83 mil famílias.
Modelo diferenciado
O modelo cívico-militar é diferente do modelo das escolas militares mantidas pelas Forças Armadas. De acordo com o MEC, as secretarias estaduais de Educação continuam responsáveis pelos currículos escolares, que é o mesmo das escolas civis. Os militares, que podem ser integrantes da Polícia Militar ou das Forças Armadas, atuam como monitores na gestão educacional, estabelecendo normas de convivência e aplicando medidas disciplinares.
Para participar do programa, as escolas devem ter entre 501 e mil matrículas nos anos finais do ensino fundamental e do médio, atender aos turnos matutino e/ou vespertino, ter alunos em situação de vulnerabilidade social e desempenho abaixo da média estadual no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Além disso, a adesão da escola deve ser precedida de aprovação da comunidade escolar, por meio de consulta pública presencial ou eletrônica. Em 2022, serão abertos processos de adesão para 89 novas escolas.