Equatorial afirma que quedas de luz são consequência de calor extremo

As constantes quedas de luz no Centro da cidade (e em todo o perímetro urbano e rural) têm prejudicado moradores e, sobretudo, o comércio, que amarga prejuízos. Inclusive, a Associação Comercial e Industrial de Bagé, a Aciba, emitiu uma nota de repúdio sobre a situação. O problema foi pauta de reportagem publicada na edição dessa quinta-feira, que buscou um retorno da Ceee Equatorial, que apenas veio nessa quinta. Conforme a Ceee Equatorial as ocorrências na rede que atende a região de Bagé nas últimas semanas tiveram relação, principalmente, com fatores climáticos, como altas temperaturas e temporais.  

“Nos dias de calor extremo, a distribuidora realizou manobras de remanejamento de carga para evitar interrupção de energia. Para atender as interrupções ocorridas após fortes ventanias, o reforço tem sido focado no aumento das equipes em campo”, detalhou. “Apesar da severidade dos eventos climáticos que tem afetado a rede, a velocidade de resposta da Ceee Equatorial tem sido melhorada em razão do investimento em automatização, com equipamentos de religamento automático. Foram investidos mais de R$ 5,8 milhões com a modernização e também com a troca de postes, transformadores, renovação da rede de distribuição, entre outras melhorias”, acrescentou.  

A comunicação da Equatorial ainda citou que a distribuidora está investindo mais de R$ 28 milhões na construção da nova subestação Bagé 3, prevista para começar a operar no primeiro semestre de 2026, “que vai expandir as linhas de distribuição, garantindo maior segurança e estabilidade ao sistema elétrico, que passará a operar de forma interligada com as subestações Bagé 1 e Bagé 2, que já atendem a região”. Vale lembrar que quedas de luz são reportadas por moradores e empresários bageenses desde antes das ondas de calor extremo.  

Aciba emite nota de repúdio 

A Associação Comercial e Industrial de Bagé (ACIBa) manifestou seu repúdio à CEEE Equatorial diante da recorrente falta de energia elétrica na cidade. Em nota oficial, a entidade destacou que as constantes quedas no fornecimento prejudicam o funcionamento das empresas e impactam diretamente a qualidade de vida da população.   

O comunicado aponta que as falhas ocorrem com maior frequência no Centro da cidade e no bairro Santa Tecla, independentemente das condições climáticas. A Aciba também ressaltou que, desde dezembro, tem buscado diálogo com representantes da Equatorial e membros da classe empresarial para discutir soluções, mas, até o momento, os problemas persistem e a situação se agrava.   

Segundo a nota, a cidade enfrenta um cenário crítico, com redes elétricas sucateadas e escassez de mão de obra qualificada para manutenção do sistema. Diante disso, a Aciba cobrou uma solução urgente e solicitou apoio da Prefeitura de Bagé para avaliar medidas que possam ser adotadas coletivamente.   

A associação alertou que, caso não haja respostas concretas da CEEE Equatorial e das autoridades competentes, a entidade buscará alternativas jurídicas para garantir os direitos de seus associados. A entidade enfatizou que a crise no fornecimento de energia é inaceitável e exige providências imediatas.   

O presidente da entidade, Leonardo Nocchi Macedo, reafirmou o compromisso da Associação em buscar soluções para a crise energética enfrentada pelos empresários e moradores de Bagé. A entidade seguirá acompanhando o caso e estudando possíveis ações para reverter a situação. 

Coopersul cobra melhorias no fornecimento de energia 

Essas constantes quedas de energia foram tema de uma reunião entre a Coopersul e a CEEE Equatorial na quarta-feira (12). O encontro durou quase três horas e abordou diversas demandas dos associados da cooperativa, que enfrentam dificuldades com a instabilidade no fornecimento de energia.   

Representando a Coopersul, participaram o presidente Jaci Jacinto Coelho (Titi), o engenheiro eletricista Diego Porporatti Roso e o eletrotécnico Cristiano Cardoso Aires. Pela CEEE Equatorial, estiveram presentes Egon Vieira Vivian, Marcelo Donizeti Pazoti e Bibiana Oliveira Bopsin, que ouviram as reclamações e apresentaram possíveis soluções.   

Um dos principais pontos discutidos foi a dificuldade de comunicação com a CEEE Equatorial. O presidente da Coopersul ressaltou os transtornos causados pelas frequentes interrupções no fornecimento de energia, especialmente na última semana. Em resposta, Marcelo Pazoti reconheceu o problema e garantiu que medidas serão tomadas para evitar novas ocorrências.   

Além disso, a Coopersul solicitou melhorias e manutenções nos alimentadores AL-23 e AL-24, responsáveis pelo abastecimento das redes da cooperativa. A CEEE Equatorial afirmou que já há planos de melhorias a curto prazo para minimizar os impactos das quedas de energia.   

Ao final da reunião, Titi entregou um documento formalizando as reclamações e demandas da cooperativa. Ele avaliou o encontro como produtivo e destacou a importância do diálogo para buscar soluções que garantam um fornecimento de energia mais estável para os associados. ​