Como já é de praxe nessa época, o prefeito Divaldo Lara, em uma conversa com a reportagem do Folha do Sul, fez um balanço sobre 2021 e falou sobre o próximo ano que será vital para a reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL), que se tornou amigo e um dos maiores aliados do bageense.
Durante toda a conversa, o prefeito foi incisivo ao afirmar que Bagé se destaca no Brasil por ter audácia e coragem na forma de administrar. Nesse contexto, afirmou que de todos os ex-prefeitos de Bagé, ele foi o que mais pagou dívidas herdadas de gestões anteriores, que atingem a cifra de R$ 91 milhões.
Radioterapia
Divaldo cita a construção da Radioterapia como uma das mais importantes de sua gestão. Lembrou que essa obra é fruto de muitos esforços e mencionou o radialista Edgar Muza com um dos baluartes dessa luta. “Quis Deus que através do nosso governo, num trabalho com o presidente Bolsonaro, com o ministro (Saúde) Marcelo Queiroga e, principalmente, o ex-ministro Pazuello; foi ele que ajudou a habilitar a empresa de Brasília para executar essa obra, que hoje já tem 80% pronta”, disse.
O chefe do Executivo falou que a Radioterapia irá atender todo o Estado e que atualmente é a única planta em andamento no Rio Grande do Sul.
Manter o equilíbrio
Citou que foi um dos maiores desafios da gestão manter o pagamento dos servidores em dia, assim como de fornecedores e também das contrapartidas de obras.
Elencou cada obra em andamento ou pronta que tem que ter contrapartida do município. Nesse sentido, mencionou a inclusão de Bagé no projeto Pavimenta, do governo do Estado. São R$ 2 milhões para construir a nova rótula da Angélica Jardim com a General Artigas – indo para o Passo do Príncipe, ligando ao Anel Rodoviário. No cruzamento do Ginásio Presidente Médici (Militão) terá uma rótula e será asfaltado todo trecho até a Vila Gaúcha.
Divaldo comentou que a preocupação era manter o equilíbrio das contas. “Nós fizemos isso pagando dívidas históricas. Nenhum prefeito de Bagé pagou tanta dívida como nós – foram R$ 91 milhões entre dívidas, desvios, multas e financiamentos em dólares que o governo passado fez. Se juntar todos os ex-prefeitos não chega ao montante de dividas que já pagamos. Bagé era uma administração que estava ligada em aparelhos da UTI quado assumimos”, acentuou.
E argumentou que o seu governo só conseguiu equilibrar as contas com articulação, gestão de projetos, captação de recursos, na relação com Bolsonaro, com a bancada gaúcha e muitas ferramentas de gestão para equilibrar as questões administrativas.
Barragem em andamento
O prefeito disse que o ano fecha com a obra da barragem da Arvorezinha em andamento, com execução do Exército. E lembrou aos bageenses que o Exército nunca deixou de entregar nenhuma das obras que assumiu até hoje. “Vai levar dois, três anos de execução, mas a certeza que nós teremos sobre a barragem é que o Exército vai entregar a obra”, falou.
E nesse sentido, citou Bolsonaro e o ministro do Trabalho, Onyx Lorenzoni como peças-chaves para a retormada dessa obra. Divaldo apontou a barragem como a maior obra dos últimos 50 anos do município. “É a maior articulação política que um prefeito já fez e a maior façanha que um prefeito fez na cidade Bagé, que foi acabar com esse sofrimento. E eu serei o prefeito a entregar aos bageenses”, assegurou.
Portas abertas e emprego
Divaldo informou que dezembro está fechando com 600 empregos a mais. Lembrou que em 2016 – último ano de governo do PT – o município perdeu 122 empregos num período, segundo ele, que não havia pandemia e nem a crise econômica que atravessa o país. Argumentou que esse cenário é graças a forma como o município se posicionou pelo crescimento. “Abrimos a cidade para todos investirem. Ano que vem serão mais 200 empregos diretos com a chegada da Havan e outras emrpesas estão sendo prospectadas”, disse.
Compreb: o entrave
O bageense afirmou que o Estado tem que ter um governo que combata o extremismo de técnicos ambientais que, segundo ele, querem colocar uma tampa em cima do crescimento do Rio Grande do Sul e de Bagé. ” Eles esquecem que é preciso equilibrar o desenvolvimento sustentável. A Fepam, hoje, faz um desserviço ao Estado e a região, como é o caso de Candiota. Não tem regras claras, como o Compreb, que cometia absurdos contra o crescimento de Bagé”, vociferou. E acrescentou ” Um crime o que fizeram quando impediram o desenvolvimento da cidade. Os proprietários ficaram submissos e comprimidos durante anos por um conselho e um governo – não se acha prédio novo em Bagé depois da lei do tombamento – isso é um ataque aos direitos individuais, de propriedade e do crescimento coletivo”, bradou.
Dinheiro para obras
Divaldo comentou que tem R$ 12 milhões para executar em asfalto no ano que vem nos bairros Santa Flora, Bonito, Ipiranga e Pedra Branca. Adiantou que deve receber, ainda no primeiro semestre, a visita do ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, para a entrega da estação de bombeamento de esgoto, que tem um investimento de R$ 4,1 milhões.
“Entregamos a oficina ortopédica, de R$ 744 mil, ao lado do Samu. Estamos com 1,2 mil crianças nas escolas cívico-militares e está sendo habilitda a terceira. A unica cidade que terá três, que será na zona norte da cidade”, afirmou.
Entre as ações, disse que Bagé fecha o ano com a menor mortalidade infantil em relação ao ano passado. Na área da Saúde, mencionou a compra de duas ambulâncias UTIs, algo que o município nunca teve, novos veículos, várias filas de exames zeradas e que Bagé tem cobertura do Sistema Único de Saúde (SUS) de 92%, o que, segundo ele, nenhum outro município possui esse percentual.
Na Educação, apontou o melhor Ideb, que teve o melhor desempenho dos últimos 15 anos e falou que Bagé terá a terceira escola cívico-militar.
Futuro político
Como já havia dito em outras ocasiões, Divaldo irá compor a equipe de coordenção da reeleição de Bolsonaro nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e no Paraná. Também estará na equipe de campanha de Lorezoni, que irá disputar o governo do Estado.
Se irá concorrer a algum cargo, o prefeito disse que a perda da mãe, Suzana, mexeu muito com a decisão dele e contou que recebeu convites para concorrer a governador, vice, deputado ou para o Senado. Quanto a isso, nada está decidido.