O mês de julho fechou com queda nos principais crimes contra a vida e patrimoniais. De acordo com dados divulgados pelo governo do Estado, em comparação com julho de 2022, os homicídios caíram 25,2%, chegando ao menor número para qualquer mês computado desde o início da série histórica, em 2010. Esta é a segunda vez no ano em que a queda chegou ao menor número absoluto da série. Também houve diminuição nos indicadores como feminicídio, latrocínio, abigeato e roubo de veículos.
Em julho deste ano, o Estado teve 95 vítimas de homicídio. Mais do que a redução comparativa com o mesmo período do ano anterior, o número é o menor se comparado a qualquer mês dos últimos 13 anos. Segundo dados do levantamento, esta é a segunda vez no ano que o indicador tem queda histórica. Com 107 vítimas de homicídio, maio de 2023 era, até então, o menor número da série histórica iniciada em 2010.
Pela primeira vez em 2023, o índice de homicídios caiu no acumulado, de janeiro a julho. Com cinco vítimas a menos, em comparação ao mesmo período de 2022, a queda de 0,5% representa o início da virada do Estado no combate a esse tipo de crime.
Latrocínios
Julho apresentou uma queda de 66,7% nas ocorrências de latrocínio em comparação ao mesmo mês no ano passado: foi registrado um caso, em Pelotas, contra três em julho de 2022.
Crimes patrimoniais
Em julho, os abigeatos e as ocorrências bancárias tiveram queda de 26,3% e 66,7%, respectivamente. Apenas os roubos a transporte coletivo apresentaram alta de 36 para 57 casos. No acumulado, no entanto, as ocorrências no transporte público permanecem em queda: 384 casos em 2022 e 359 em 2023 (menos 6,5%). Os abigeatos também diminuíram no acumulado (menos 16,5%). As ocorrências bancárias tiveram um caso a mais na soma de janeiro a julho de 2023, em comparação com 2022.
Raio-x em Bagé
Em Bagé, nos primeiros setes meses ocorreram sete homicídios. O delegado regional de polícia, Luís Eduardo Benites, argumentou que a redução de crimes é resultado de uma série de operações executadas pela Polícia Civil e pela Brigada Militar, pela Polícia Penitenciária do Estado, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal.
Segundo ele, foram várias ações desencadeadas durante todo esse ano e no ano passado. “Nosso trabalho não é focado em um dia ou uma semana, mas é um trabalho de meses e até de anos”, pontuou o delegado.
Benites comentou que, na 9ª região policial, é adotada uma filosofia de trabalho especificamente na apuração de crimes violentos e isso, consequentemente, tem um reflexo, que é a redução desse mortes.
O delegado mencionou que na área de jurisdição da delegacia regional, além de Bagé – que é a maior cidade -, tem São Gabriel. Nessa cidade, de janeiro a julho deste ano apresenta um número maior de homicídios proporcionalmente as outras cidades da região, mas que, ao mesmo tempo, apresenta um alto índice de elucidação dos casos.