O diretor do Departamento de Água, Arroios e Esgoto de Bagé (Daeb), Max Meinke, apresentou à Associação Comercial e Industrial de Bagé (Aciba) os motivos e impactos da revisão extraordinária de 33,9% na tarifa de água e esgoto, com vigência prevista a partir de janeiro de 2026. O encontro ocorreu a convite da diretoria da entidade.
Durante a reunião, Meinke detalhou o cenário financeiro do Daeb, marcado por déficits sucessivos, e comparou as tarifas praticadas em Bagé com outros municípios gaúchos. Segundo ele, apesar do reajuste proposto, a cidade ainda possui uma das tarifas mais baixas do Estado.
A diretoria da Aciba manifestou preocupação com os efeitos do aumento nos custos do comércio e da indústria local. O presidente da entidade, Leonardo Nocchi Macedo, afirmou compreender a necessidade do reajuste, mas sugeriu que ele seja aplicado de forma escalonada, em duas etapas, para reduzir o impacto sobre os consumidores.
O diretor da Região Sul–Campanha da Federasul, Rene Isoppo, também defendeu o escalonamento do reajuste, destacando que os investimentos em maquinário e infraestrutura do Daeb devem ocorrer de forma gradual e estratégica.
Por fim, Meinke ressaltou que o município chegou a um limite financeiro crítico e destacou a necessidade de implantar imediatamente a Tarifa Social de Água e Esgoto, prevista em lei federal. O benefício garante desconto de 50% na conta para famílias de baixa renda, público que representa cerca de 40% da população de Bagé.