A Companhia Riograndense de Mineração (CRM) prorrogou por mais 60 dias o contrato de fornecimento de carvão para a usina termelétrica Candiota 3, mesmo sem definição sobre sua reativação. O contrato, que venceria em 28 de fevereiro, agora segue vigente até 29 de abril. Essa é a segunda extensão do vínculo original, que expirou em 1º de janeiro, mesma data em que a usina foi desligada.
O presidente da CRM, Ademir Baretta, explicou que a prorrogação mantém os termos técnicos originais do contrato, e permite a retomada imediata da produção caso a usina consiga autorização para funcionar. Isso, é claro, depende da derrubada de um veto presidencial ou da edição de uma Medida Provisória (MP) que permita à Âmbar Energia, proprietária da usina, participar do leilão de venda de energia ao governo federal. Atualmente, a informação é que a Âmbar realiza atividades de manutenção na estrutura da usina.
Impasse
Parlamentares e o governador Eduardo Leite defendem que o governo federal edite a MP para prorrogar o funcionamento da usina por mais 10 anos. Entretanto, ambientalistas se opõem à reativação, pois a usina foi apontada como a maior emissora de gases de efeito estufa do Brasil em 2023. O impacto econômico na região é um dos argumentos das lideranças locais, uma vez que Candiota 3 gera cerca de 500 empregos diretos. Contudo, o fechamento pode afetar mais de cinco mil postos de trabalho.