A coleta de dados para o Censo Demográfico 2022, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), começou ontem em todo o país. Com dois anos de atraso por causa primeiro por causa da pandemia de covid-19 (em 2020) e depois pela falta de recursos (em 2021), os recenseadores iniciaram o trabalho de colher informações para a 13ª edição do levantamento, o que deve se estender pelos próximos meses. O objetivo é levantar dados amplos e confiáveis sobre diversos aspectos da vida dos brasileiro, como define o próprio o IBGE.
Em síntese, será por meio do Censo 2022 que saber “quantos somos, como somos e de que forma vivemos nas áreas urbanas e rurais do país”, como divulgou o IBGE. A estimativa do instituto é de que a população brasileira some em torno de 215 milhões de habitantes. No último levantamento, em 2010, o país tinha 190,8 milhões de habitantes.
O Censo 2022 terá dois tipos de questionários: ampliado e simplificado. O primeiro, também chamado de amostra, terá 77 perguntas e será aplicado a 11% dos entrevistados. Ele leva, em média, 16 minutos para ser respondido. Já o simplificado ou básico, com 26 perguntas, será aplicado aos 89% restantes, e a previsão de duração da entrevista é de apenas cinco minutos.
Assim como em 2010, o levantamento deste ano será colhido totalmente de forma digital. Os recenseadores utilizam um dispositivo móvel de coleta (DMC), que é um computador de mão, semelhante a um aparelho celular. Vale destacar que o questionário básico traz perguntas sobre identificação do domicílio, informações sobre moradores, características do domicílio, identificação étnico-racial, registro civil, educação, rendimento do responsável pelo domicílio, mortalidade e dados da pessoa que prestou as informações.
Já o ampliado investiga também informações sobre trabalho, rendimento, casamento, núcleo familiar, fecundidade, religião ou culto, pessoas com deficiência, migração interna e internacional, deslocamento para estudo, deslocamento para trabalho e autismo. Três formas de abordagem serão utilizadas para preencher os questionários: presencial, pela internet e por telefone.
Todos identificados
O IBGE destacou que todos os recenseadores estão identificados com boné e colete, além do crachá de identificação. “Dentro do crachá há um QR Code e o cidadão pode apontar a câmara de celular para esse código, para confirmar o nome e a foto do recenseador e verificar se ele é, de fato, servidor do instituto. Também é possível checar a identidade do recenseador pela internet. Basta digitar o número da matrícula que consta no crachá no site do IBGE”, divulgou o instituto.
A reportagem tentou contato com a responsável pelo IBGE em Bagé para saber quantas pessoas estão envolvidas neste trabalho e até quando ele deve se estender, também sobre a importância da população receber os recenseadores, porém, até o fechamento da edição, não obteve retorno.
Fonte: Agência Brasil