De acordo com o Instituto Nacional do Câncer, o câncer de pele melanoma é mais frequente em adultos brancos. Nas pessoas de pele negra, ele é mais comum nas áreas claras, como nas palmas das mãos e plantas dos pés. O câncer mais frequente no Brasil corresponde a 30% de todos os tumores malignos registrados no país.
A reportagem conversou com a médica dermatologista Margaritha Cobuci, que disse que o mês de dezembro, que é laranja, foi escolhido para o combate ao câncer de pele e não só o combate, como a prevenção da doença. “Então, dezembro foi escolhido para combater o câncer que mais frequentemente atinge os brasileiros”, elucidou. De acordo com a médica, o câncer de pele corresponde aos percentual de 30% de todos os outros cânceres. “Se nós juntarmos o câncer de mama, que é o segundo lugar em frequência, o câncer de próstata, que é o terceiro, e o de colo retal, que é o quarto, juntando todos esses, ainda dá menos que o câncer de pele”, afirmou.
Para o ano de 2023 é esperado cerca de 220 mil novos casos da doença. “Então é um assunto muito importante de saúde pública e ainda temos os casos que são subdiagnosticados – eles não entram na estatística, é um percentual muito maior do que a gente sabe”, ponderou.
Basicamente, há dois grandes grupos de câncer de pele: são os não melanoma, que são os mais frequentes, e o câncer de pele melanoma. “Nós estamos aqui para fazer um combate no geral e as dicas, nós precisamos ter o conhecimento da causa, disseminar o conhecimento”, sustentou.
Melanomas
Ao ser perguntada quais as diferenças entre o câncer melanoma e não melanoma, a médica explicou que os mais frequentes são decorrentes da radiação solar: esses são os não melanomas, que são os menos graves, porém não menos importantes, pois eles se manifestam com um machucado que acomete as pessoas acima de 40 anos, principalmente nas áreas expostas, como por exemplo, na face, na parte superior do tronco, com aquela machucado que começa e não cicatriza em três semanas. “Esse machucado pode desparecer e voltar e eventualmente sangrar”, comentou.
“Depois, temos o câncer de pele melanoma, que é uma incidência muito menor, mas são aqueles advindos de algumas pintas mais escuras que as pessoas tem pelo corpo e são muito mais graves e menos frequentes”, elucidou. Ao ser questionadas quais as dicas para evitar o câncer de pele, a dermatologista disse que um dos fatores mais importantes é a relação com o sol, pois ele é vital para a saúde, porém tem que saber como se expor, como, por exemplo, evitar o sol no horário entre 10h e 16h, principalmente no verão, usar filtro solar fator 30, usar chapéu, boné, protetor labial e usar roupas com proteção de Raios Ultravioletas (UVA) e Fator de Proteção Solar para evitar queimaduras solares( UVB).
Margaritha disse que as pessoas que trabalham pegando sol diariamente, como, por exemplo, carteiros, garis e quem trabalha na construção civil estão mais propícios ao câncer de pele e necessitam usar o protetor solar. Ao ser questionada se criança pode ter câncer de pele, a médica afirmou que sim e que a doença pode matar.