Uma iniciativa do presidente da Câmara de Vereadores, o vereador Augusto Lara, deve começar a funcionar em Bagé em breve: é o Banco de Alimentos, que será um braço, como definiu o legislador, daquele que existe na capital Porto Alegre e em outros municípios do Estado. Ontem, saiu CNPJ da associação que será responsável por fazer o banco funcionar e da qual fazem parte, por exemplo, o presidente da Associação Comercial Industrial de Bagé (Aciba), Ricardo Souza; a Apatur, por meio da participação da empresária Clori Peruzzo; além de Unipampa e Brigada Militar e de várias outras representações, segundo o legislador. “Não é um projeto político meu. Consegui articular, consegui trazer, mas já não é mais meu, é da cidade”, definiu.
Augusto comentou que, agora, a expectativa é pela oficialização da cessão de um prédio da prefeitura. O local, que não estava em uso, inclusive, já está sendo revitalizado para acolher o Banco de Alimentos de Bagé. Augusto destacou que já houve uma conversa e que agora falta apenas a oficialização. O local ainda será divulgado. O vereador, que visitou as estruturas que existem em Porto Alegre, em Pelotas e em Santa Cruz, detalhou qual será a função do Banco de Alimentos de Bagé: segundo elucidou, ajudará as instituições que prestam serviços sociais, como Apae e Caminho da Luz.
Estas instituições, justificou, atendem muitas famílias em vulnerabilidade social. “A nossa missão é ajudar essas instituições, os asilos da nossa cidade, e também famílias carentes”, detalhou. Ele mencionou que já foi questionado se o Banco de Alimentos não tem a mesma finalidade da Secretaria de Assistência Social, mas enfatizou que não: “O foco da Smasi são as famílias, no Banco de Alimentos o foco são as instituições. Nosso projeto é macro. É ajudar as instituições que vão chegar nas famílias”.
Ele explicou que a associação foi montada e formalizada, inclusive com CNPJ, porque o Banco de Alimentos é um braço da FIERGS. A formalização, assim, garante que a unidade de Bagé possa, inclusive, receber ajuda do “Banco de Alimentos mãe”, quando este, por exemplo, receber um excedente de alimentos e distribuir para as “filiais”, como será a de Bagé. “O nosso Banco de Alimentos é o mesmo padrão, de ponta a ponta, de todos os outros bancos de alimentos. É como se fosse uma filial. Nós seguimos todo um padrão”, ressalvou. “Por isso nossa área de atuação é para as entidades, é para as instituições que prestam um serviço social, para que elas possam participar e receber ajuda”, pontuou.
Augusto destacou que estas instituições, em contrapartida, irão auxiliar o Banco de Alimentos nas arrecadações, nas campanhas que serão promovidas em Bagé. Questionado sobre quando o banco deve começar a operar, ele garantiu que neste mês de agosto já deve ocorrer arrecadação. Porém, mencionou que o objetivo é que haja arrecadação sempre no primeiro sábado de cada mês. Será um sábado solidário e os pontos de arrecadação serão comércios de alimentação. Ele ainda acrescentou que quando houver uma campanha na cidade também poderá ocorrer arrecadações. O vereador enfatizou que a ideia é que as entidades se mobilizem. “Junto com as entidades que receberão apoio do Banco de Alimentos, a gente quer que Apae, Caminho da Luz, que cada entidade possa mobilizar voluntários para estar conosco”, sustentou.
Após cada arrecadação, os montantes doados serão levados para o Banco de Alimentos e lá, depois de organizados e contabilizados, e após passar por uma vistoria alimentar, com nutricionista e assistente social, aí sim serão repassados para as instituições. “Estou bastante entusiasmado porque é um baita de um projeto, que vem no momento certo”, manifestou, ao citar que muitas famílias, nesta pandemia, tiveram uma redução de renda. “O Banco de Alimentos vai ser um braço forte para essas entidades, para essas famílias, a fim de ajudar”, finalizou.