Há três dias, não há pacientes de Bagé internados em leitos clínicos ou na UTI com confirmação para covid-19. O único paciente que estava internado na Santa Casa de Caridade, em leito clínico, com confirmação para a doença, era de Dom Pedrito e teve alta. As informações foram confirmadas pelo secretário-adjunto de Saúde, o médico Ricardo Necchi. O profissional comentou que não tem a informação de que haja outro município com mais de 100 mil habitantes que esteja em uma situação tão favorável.
Ele atribui o que define como uma grande alegria a vacinação. E lembrou que, no momento em que Bagé atingiu 90% do público-alvo (pessoas com mais de 18 anos) com a primeira dose da vacina, o número de casos e internações começou a cair. Aliás, ainda mencionou que a média de casos confirmados tem variado entre dois e quatro por dia e houve uma redução também na demanda por testes. “A situação é maravilhosa. Tomara que continue assim depois de tanto sofrimento, tantas mortes”, disse.
Por outro lado, o secretário-adjunto de Saúde manifestou preocupação em relação à aplicação da terceira dose da vacina, confirmada pelo Ministério da Saúde, nessa quarta-feira, para setembro (isso para idosos e imunossuprimidos). Para Necchi, a aplicação da terceira dose deveria começar logo. Ele afirmou que está muito preocupado, sobretudo com os profissionais da área da Saúde, que foram os primeiros a concluírem a imunização com as duas primeiras doses. E ponderou que nos municípios em que há novos surtos de casos de covid-19 isso começou em hospitais.
Ainda sobre a vacina, o médico fez um novo apelo para a comunidade: ele pediu que aqueles que podem receber a segunda dose procurem pelos pontos de vacinação, que não deixem passar tal oportunidade. E afirmou que a vacina funciona e que isso está mais do que comprovado pelos índices de Bagé. E finalizou ao enfatizar que já está mais do que na hora daqueles que não acreditam mudarem de opinião e buscarem proteção.
Terceira dose
O Ministério da Saúde informou que iniciará, na segunda quinzena de setembro, a aplicação da dose de reforço da vacina contra a covid-19 a “todos os indivíduos imunossuprimidos após 28 dias da segunda dose e para as pessoas acima de 70 anos vacinados há seis meses”. Segundo o ministério, a imunização deverá ser feita, preferencialmente, com uma dose da Pfizer ou, de maneira alternativa, com a vacina de vetor viral Janssen ou AstraZeneca.Também foi decidido que haverá redução do intervalo entre as doses da Pfizer e AstraZeneca, de 12 para oito semanas.