Faz muito tempo que abordo esse problema em meus espaços midiáticos, e ele segue acontecendo. A corrupção cresce em um país que pode ter tudo, menos corrupção. O que falta aos governos? É uma fiscalização que funcione.
Ontem, ao abrir os jornais na internet, me deparei com uma manchete que resumiu tudo o que venho abordando há muito tempo. “Colo” aqui o título do Correio Braziliense. Leia com atenção:
“Operação no DF e mais 2 estados apura esquema de venda de decisões judiciais.”
Até o Judiciário não está livre. Quem diria?
A 5ª fase da Operação Sisames busca aprofundar a investigação dos crimes de lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva, mercado de câmbio clandestino, evasão de divisas e organização criminosa.
A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (13/5), a 5ª fase da Operação Sisames, que investiga um esquema criminoso de venda de sentenças judiciais. A PF realiza nesta terça-feira (13/5) mais uma etapa da operação, que investiga uma rede criminosa de lavagem de dinheiro ligada ao pagamento de propinas para a compra de decisões judiciais. Estão sendo cumpridos 11 mandados de busca e apreensão no DF, Mato Grosso e São Paulo.
Também foi determinado o sequestro de bens no valor de R$ 20 milhões, além da proibição dos investigados de saírem do país. Conforme divulgado pela Polícia Federal nesta manhã:
“As investigações identificaram uma rede financeira-empresarial de lavagem de dinheiro, criada para dissimular a origem ilícita das supostas ‘propinas’ pagas para a compra de decisões judiciais proferidas no âmbito do Superior Tribunal de Justiça, de modo a romper a vinculação direta entre o agente corruptor e o servidor público corrompido.”
Essa é a 5ª fase da operação que investiga um esquema de compra e venda de sentenças judiciais no DF, Mato Grosso e São Paulo. A assessoria de imprensa ainda não havia retornado o pedido da imprensa.
O Correio procurou a assessoria de comunicação do Superior Tribunal de Justiça, mas ainda não teve retorno. Assim que houver manifestação, a matéria será atualizada.
A operação tem como nome Sisames, em referência a um episódio da história persa, ocorrido durante o governo de Cambises II, quando o juiz Sisames teria recebido um suborno para emitir uma decisão injusta.
Então, nossos corruptos estão “estudando” bem — para aplicarem novos tipos de falcatruas que crescem no Brasil, ganhando formas mais sofisticadas de corrupção.
Conselho de um leigo e senil: por que não colocar nossos policiais federais em uma sala de aula, para aprenderem como combater a tecnologia moderna e se tornarem mais ágeis para evitar a roubalheira que assola o país? Concordam ou não?